Quantas vezes ouviste alguém dizer que não tem jeito para isto ou para aquilo? Quantas vezes já o disseste tu?
Eu comecei cedo a trabalhar em vendas, e com 27 anos, mesmo no início do projecto da RE/MAX em Portugal, achava que já tinha chegado longe.
Mas quando conheci os grandes da RE/MAX mundial fiquei impressionado: a forma como comunicavam e interagiam com os outros, como conseguiam cativar e contagiar o público quando subiam a um palco. Fascinou-me a maneira como conseguiam ser grandes e ao mesmo tempo pôr-se ao nível de cada pessoa com quem falavam.
Por essa altura estive uma semana em Londres a fazer um curso de Programação Neurolinguística. O curso explorava a relação entre a forma como processamos a informação, a linguagem que usamos e os nossos comportamentos. E comecei a descobrir como esse conhecimento posto em prática podia ser usado para alcançar os meus objectivos.
Foi um momento de viragem. A trajectória da minha vida mudou naqueles dias, por uma constatação muito simples: eu percebi que aquilo que os grandes faziam era técnica. Antes disso, achava que eram pessoas com um jeito especial, que aproveitavam as suas qualidades inatas para ter sucesso no mundo das vendas.
Tudo mudou quando eu percebi que podia aprender a fazer o mesmo.
Aprendi que se quero comunicar melhor, criar melhores relações, posso usar técnicas para isso e posso modelar quem já sabe comunicar e criar relações. Percebi que posso aprender a ouvir, a criar empatia, a comunicar eficazmente, a lidar melhor com a rejeição, até a ter paciência.
Quando há uma técnica eu posso aprender, eu posso copiar, eu posso apropriar-me dela. Posso passar o resto da minha vida a melhorá-la, a aprimorá-la.
Crescer como vendedor é um trabalho contínuo de desenvolvimento pessoal, que tem que ter por base valores de serviço, porque de nada serve aprender as técnicas se não tiver uma boa intenção, se não for genuíno na minha vontade de ajudar os outros.