Conhecem aquela voz que, depois de um dia longo em que tudo parece correr mal, nos diz «amanhã é outro dia»?
Pandemia. Guerra. Aumento dos combustíveis. Inflação. Qualquer que seja a crise do momento, há sempre qualquer coisa a acontecer no mundo que nos preocupa. Mesmo no nosso círculo de influência, no trabalho, na família, há dramas, desilusões, conflitos. No nosso dia de trabalho há coisas que não correm como nós queríamos, situações que parecem não ter resolução.
Churchill disse «se estás a passar pelo Inferno, continua». E nós continuamos.
Apesar de tudo o acontece, nós continuamos. Damos ouvidos à voz que nos diz que amanhã podemos tentar outra vez. Nós continuamos, apesar das crises, apesar dos obstáculos.
Essa é a voz da resiliência. A resiliência é a capacidade de um corpo retornar à forma original depois de ter sido deformado. No ser humano, a resiliência é a capacidade de nos levantarmos de cada vez que caímos e de nos adaptarmos à mudança.
Ser resiliente é ter esperança de que amanhã as coisas corram melhor e ter fé na nossa capacidade de lidar com o que quer que apareça. Ser resiliente é ter a faculdade de transformar as experiências negativas em momentos de aprendizagem.
Mesmo que a vida não se torne mais fácil, nós podemos tornarmo-nos mais fortes. Há uma oração conhecida, que se pensa ter origem em Francisco de Assis, e que diz tudo: «Senhor, dai-me força para mudar o que pode ser mudado, resignação para aceitar o que não pode ser mudado e sabedoria para distinguir uma coisa da outra».
Todas as profissões têm altos e baixos, frustrações e resistências, mas vender é provavelmente a profissão em que se ouve mais vezes a palavra Não. Um vendedor tem de ser resiliente. Vender é uma profissão cujo sucesso depende da nossa capacidade de tentar mais uma vez, da facilidade com que voltamos a arriscar depois de não conseguirmos à primeira (ou à segunda, ou à décima terceira).
A boa notícia é que há uma forma simples de nos tornarmos mais resilientes.
O que nos dá força para continuar é saber o que queremos. O que nos faz estar atentos à voz que nos sussurra é ter presente o que é importante para nós, para a nossa vida, para as pessoas que amamos, para a nossa carreira.
Focar no que importa é conseguir, no meio da pandemia, manter vivo o sonho e adaptar as práticas de vendas para o mundo digital e promover a capacitação das pessoas para essas tecnologias.
Focar no que importa é conseguir, no meio da guerra, criar um movimento de solidariedade que ultrapassa fronteiras e chega a quem mais precisa.
Manter o foco no nosso propósito é uma forma de termos mais esperança, mais fé. Quando definimos o que queremos fazer com o dia assim que acordamos de manhã, quando escrevemos os nossos objetivos, estamos a dar atenção ao que é importante para o nosso sucesso, seja ele profissional ou pessoal.
Se um vendedor estiver focado nos seus objetivos a longo prazo, e tiver um plano para lá chegar, não vai ficar frustrado por ter de fazer 25 telefonemas por dia, mesmo que ouça 24 vezes a palavra Não. Não vai desistir porque o negócio para o qual estava a trabalhar não foi em frente. Ele sabe que amanhã vai ser melhor.