Como exercitar o músculo da persistência

Como exercitar o músculo da persistência
“Quando ganhamos consciência que os bloqueios e as resistências fazem parte de um processo, em vez de os alimentarmos com os nossos medos, passamos a encará-los com confiança.”

Qualquer livro de desenvolvimento pessoal nos diz que para alcançar o sucesso temos de definir objetivos, planear uma estratégia e entrar em ação. Mas não basta saber bem o que queremos ou ter um bom plano, preparado contra ventos e marés – se queremos conquistar os nossos sonhos temos de aprender a ser persistentes.

Se a resiliência é a capacidade para recuperar das quedas, a persistência é o esforço continuado para alcançar objetivos, apesar de todas as resistências, das dificuldades e do fracasso. A palavra persistência vem do latim persistere: continuar com firmeza.

No livro Pense e fique rico, Napoleon Hill escreveu: «A persistência transforma o carácter como o carbono modifica o ferro quebradiço em aço invencível». No mesmo livro, Hill defende que a persistência é um estado de espírito que pode ser cultivado. Isso significa que, independentemente do teu ponto de partida, podes cultivar a persistência para chegar mais facilmente à meta que escolheste alcançar.

Como te sentes quando começa um dia de trabalho? Entusiasmado ou resignado? Dás por ti a procrastinar, a deixar para amanhã, a desligar o despertador e dizer «São só mais cinco minutos»? Procuras atalhos mesmo quando sabes qual é a maneira certa de fazer as coisas? Quando as coisas não correm bem, arranjas desculpas e passas para o projeto seguinte?

A persistência é como um músculo que podemos exercitar: usamos a nossa força de vontade para vencer as resistências, focamo-nos no que queremos alcançar e repetimos o processo as vezes que forem precisas, criando o hábito de persistir. Podemos criar um ritual, um momento em que paramos para pensar no que queremos e para ajustar as metas e a abordagem.

Quando fazemos isto de forma rotineira, o insucesso passa a ser uma pista para o sucesso futuro. Depois de repetir o processo uma e outra, e outra vez, o nosso cérebro começa a reconhecer as dificuldades como obstáculos temporários, como passos no caminho para chegar aos resultados.

Nada de importante foi alguma vez conquistado sem contratempos. Quando ganhamos consciência que os bloqueios e as resistências fazem parte de um processo, em vez de os alimentarmos com os nossos medos, passamos a encará-los com confiança.

Para além de definir um propósito forte e um bom plano, Hill sugere ainda cultivar relações com pessoas que nos encorajam nessa intenção e fechar a mente contra influências negativas ou desanimadoras. Há sempre alguém pronto para dizer que alguma coisa não pode ser feita, até aparecer alguém a fazê-la – e há sempre alguém que tem confiança no que és capaz de fazer. Podes escolher a quem dar ouvidos.

Se as coisas não estão a correr como planeado, podes voltar a percorrer o caminho que fizeste e avaliar o que podias ter feito de forma diferente, não para condenar, mas para aprender e fazer os ajustes necessários. Podes olhar para trás, mas não te demores no passado. O segredo para chegares ao teu destino é continuares em frente, com firmeza, é saberes persistir.